quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Seleção, o que é melhor? Candidato desempregado ou trabalhando?

O mercado de trabalho, na atualidade, tem apresentado uma situação de demanda de profissionais maior que a oferta. Jornais, sites, agências de emprego, etc, diariamente divulgam inúmeras vagas. Diante de muitas oportunidades, é natural que as pessoas estejam permanentemente "disponíveis" para o mercado, buscando sempre outras oportunidades, seja pelos novos desafios, seja pelo aumento salarial.
Ao iniciar o processo de recrutamento, surge um impasse: recrutar candidatos desempregados ou candidatos que estão trabalhando? É possível apresentar inúmeras questões sobre este questionamento:

DESEMPREGADO

  • Prós:
  1. Possue disponbilidade de participar das etapas do processo seletivo.
  2. Tem disponibilidade de iniciar o trabalho imediatamente.
  3. Tende a apresentar maior flexibilidade na negociação salarial.

  • Contra:
  1. Desatualização com as novidades do mercado.
  2. O candidato, às vezes, não passa segurança de que a vaga é realmente interessante para ele ou se apenas candidatou-se por estar desempregado.
  3. Após a admissão, a empresa ainda tem o risco de o novo funcionário ser convocado por uma empresa na qual ele havia participado do processo seletivo no mesmo período em que participou na sua empresa.

TRABALHANDO

  • Prós:
  1. Tende a apresentar os requisitivos e habilidades necessárias para a vaga.
  2. Traz conceitos e processos atuais para a empresa.
  3. Apresenta-se atualizado com a sua rede de network o que pode oferecer bons retornos para a empresa contratante.
  • Contra:
  1. Apresenta dificuldade de contato telefônico no horário comercial.
  2. Tem-se a possibilidade de receber uma contra proposta, sendo necessário o cuidado para que a contratação do profissional não se torne um leilão, uma compra de passe.
  3. O custo/benefício do profissional pode ser inviável. Pela experiência o profissional tende a pleitear uma condição mais "favorável" salarialmente, e a empresa contratante não possui subsídios suficientes para avaliar a eficiência deste profissional.

Diante destas reflexões, penso que o importante é considerarmos que em um processo de busca de trabalho x busca de trabalhador, existe a influência de um número muito grande de variáveis. A empresa e a vaga precisam ser atraentes, enquanto o profissional precisa ser surpreendente. Mas é necessário que o profissional de RH tenha o equilibrio para entender que vão existir a dificuldade de encontrar: candidatos interessados em participar do processo seletivo, candidatos com os requisitos da vaga, candidatos que atendam as expectativas da empresa, candidatos que considerem a vaga uma oportunidade profissional relevante, candidatos selecionados que estejam certos da decisão em trabalhar na sua empresa a ponto de recusar qualquer nova vaga que apareça no futuro próximo.

Com base na minha experiência, tenho percebido que o candidato que está trabalhando se torna mais interessante, ao pensarmos que este profissional só irá trocar de trabalho se a proposta realmente for interessante. Desta maneira, acredito que quando o candidato escolhe a vaga e não o inverso, a chance de acerto será maior.

E você, o que acha? Deixe seus comentários.